"Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho. Quando tudo está perdido, sempre existe uma luz", cantava Renato Russo em um de seus mais tristes discos - comentário feito por ele mesmo - na música A Via Láctea.. A melodia é belíssima, simples e bem trabalhada. A letra é de derrubar o sujeito que estiver um pouco deprimido ou que tiver tendência para isso.
Não a uso aqui para tratar do sentido negativo dela ou para valorizar tristeza (como ele mesmo diz: "hoje a tristeza não é passageira..."). Venho para dizer que realmente há pessoas assim: com uma tendência autodestrutiva grande, gente que tem gosto pelo gosto da tristeza, gente que chama a tristeza para sentar-se à mesa ou para deitar-se à cama em companhia tétrica regada com lágrimas silenciosas.
Por outro lado, tem muita gente que sempre vai enxergar o que tiver de ser (e para ser) enxergado.Vai ter gente que, mesmo diante diante da maior tristeza, mais se encante com a alegria por vir; gente que entende bem o período de tempestade e sua subsequente calmaria; gente que sabe lidar com a escuridão - quando procura outros órgãos do sentido para continuar a luta diária pela vida. Gente que não enxerga só o imediato, gente cuja visão é da janela pra fora.
Independentemente de tudo estar pedido neste mundo, na vida das pessoas ou de uma só pessoa, sempre existe um caminho, sempre existe uma luz. É na direção dessa luz que os pés devem levar. É o brilho dela que deve estar sob o foco incisivo do olhar. Como cantava o JQuest: "E se quiser saber pra onde é que eu vou: pra onde houver sol, é pra lá que eu vou".
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