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domingo, 15 de setembro de 2013

A vida e o instante

"Será que existe alguém ou algum motivo importante que justifique a vida ou pelo menos esse instante?", canta a mais do que maravilhosa Paula Toller. Sua beleza inconteste e sua voz limpa e afinada parecem destoar de versos como esses que usei para abrir esta reflexão. O título da música em que estão esses versos é Lágrimas e Chuva. Tão bonito quando ela canta que "lágrimas e chuva molham o vidro da janela"... é o claro sentimento de angústia, de aperto de dentro pra fora, de fora pra dentro.

É justamente nessas horas, que a gente precisa saber que tem sempre uma pessoa para abraçar e dessufocar. Sei não, acho que todo mundo passa por isso um dia. Deve ser normal que, por algumas vezes na vida, chorem o eu interno e o eu externo. Um dia em que a janela fique molhada tanto pelo lado de dentro quanto pelo de fora. Sim, sim. Nem todo mundo reage como o personagem de Michael Douglas no filme Um dia de Fúria.

O que se espera, naturalmente, é que dias como esses aconteçam em infinitamente menor quantidade do que os dias em que a gente chora de alegria. Uma pena que o ser humano tenha a tendência de supervalorizar problemas, tristezas etc. em detrimento dos acontecimentos incomensuravelmente melhores. Algumas pessoas que já agem assim por natureza, tendem a criar situações em que venham a se sentir dessa maneira. Tendem a escolhas autodestrutivas.

Tanto essas quanto as que são acometidas por surpresas trágicas da vida precisam de pessoas ao seu lado para lhes mostrar que há mais coisas boas do que ruins, para lhes fazer ver que o cinza pode ser agradável, para lhes fazer sentir que o escuro e o frio podem ser bem aproveitados, para lhes fazer ver, enfim, que há pessoas e motivos importantes que justifiquem a vida e esse instante.

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