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domingo, 1 de setembro de 2013

Simples assim

"Mais fácil aprender Japonês em braile", canta Djavan no refrão da música Se (polêmica, até, pelo que normalmente canta esse alagoano, cujo nome nasceu do nome de um barco que aparecera em sonho de sua mãe). Já tive oportunidade de presenciar shows dele e posso dizer, por experiência: ao vivo, ele e a banda mantêm a qualidade do som apresentado nas gravações.

Gosto desse verso, porque remete à dificuldade que algumas pessoas criam em determinadas situações em que um simples 'não' ou um simples 'sim' resolveria com imensa desenvoltura. Entretanto, temos a incrível capacidade de complicar coisas, situações, relações... Tudo seria um pouco mais simples se não houvesse uma série de elementos em seu entorno, os quais acabam se tornando uma só coisa. E bem complicada.

Me agradam demais as pessoas simples, de palavras diretas, de pensamento claro, de vida orientada, de sentimentos resolvidos. Do mesmo modo, me agradam as situações em que o que é é e o que não é não é nem pode vir a ser (como diziam os filósofos pré-socráticos). E como são agradáveis as músicas que ostentam uma beleza gigantesca, construída com poucos acordes!

Hoje, com toda certeza, caminhamos para uma simplificação das coisas,que, na verdade, esconde uma complexificação sem tamanho: um simples objeto pode ter dezenas de funções - um telefone, por exemplo, pode ter tantos aplicativos que fazem com que ele acabe sendo lembrado como tudo...e quase nunca como telefone. Um simples texto pode ter tantas interpretações, que chega a fugir até do que o próprio autor tenha pretendido para ele. É, tudo vai ficando tão complexo, que em pouco tempo vai se tornando mais fácil aprender japonês em braile.

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