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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Ajusta medida

"Antes o mundo era pequeno, porque a Terra era grande. Hoje o mundo é grande, porque a Terra é pequena", canta Gilberto Gil, na famosa Parabolicamará. Gil, sem sombra de dúvida, é daqueles artistas cujos comentários, quaisquer que sejam eles, serão pouco. Nessa música, a noção do que é grande e do que é pequeno na vida da gente é algo para se pensar, para se questionar. Não é o fato de serem grandes ou de serem pequenas que faz as coisas terem a importância que têm.

É claro que a gente se alegra quando ganha grandes coisas. Isso produz na gente aquele sentimento de "será?", como quem se pergunta sobre o merecimento daquilo tudo, num misto de reconhecimento com incredulidade. A gente se contenta muito também quando passa por significativos acontecimentos, quando ganha incríveis presentes... e a história se repete.

Tem hora que a gente quer se dar uma coisa dessas, assim, portentosas, gigantescas. Seja para dizer pra nós mesmos alguma coisa boa, seja para nos motivar ainda mais, seja para suprir algum tipo de sei-lá-o-quê que nos amarra o sorriso. Mas o mais curioso não é isso. O mais curioso é que o mesmo sentimento de satisfação se faz presente em presentes menores, em acontecimentos menos significativos, em grandes coisas ganhas.

Olhares discretos de gratidão que escondem discursos inteiros; pequenos sorrisos de Monalisa que escrevem compêndios de satisfação; abraços calorosos e sinceros, tímidos e intensos, que escrevem os mais poéticos textos de homenagem... Essas coisas, sim. Esses acontecimentos, sim. Esses presentes, sim. Todos muito grandiosos. Tão imensos, que não cabem no discurso. Deixam repleta a "parede da memória", que vai ganhando quadros, mosaicos e adereços bem maiores do que qualquer coisa muito grande.

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