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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Razões intransigentes

"Todos têm, todos têm suas próprias razões", cantava Renato Russo, com sua verve característica, seu jeito de dizer de modo bastante intensificado, quase gritado, coisas que lhe parecem essenciais. Essa era uma delas. E, devo dizer: concordo bastante.

Embora cantasse (desafinadamente) isso com alguma frequência, só passei dar o devido valor a essa reflexão quando fui forçado, pela vida mesmo, a admitir que razões pessoais são argumentos que se juntam a opiniões de modo tão simbiótico, que não dá pra tentar dissuadir a pessoa. Muitas vezes, não dá nem pra separar o que é uma coisa e o que é outra. A pessoa está tão arraigada, que fica inarredável de sua postura. Ao contra-argumentante, cabe a sensação de "inavançável".

Às vezes, a coisa é no âmbito profissional: por exemplo, aquele funcionário que acha que o chefe pega no pé dele. Jura de pés juntos que tem a maior das certezas de que isso é fato. Ou, ainda, acha que determinado colega quer puxar seu tapete só para ter o prazer de vê-lo cair e, por conseguinte, ocupar seu lugar. A certeza é tão grande, que qualquer ação do outro é sempre lida como mais uma demonstração de maucaratismo do chefe ou do colega.

Assim como ocorre na vida profissional, também ocorre nas relações interpessoais familiares, amorosas e em tantas outras que constituem nossa existência diária. É uma pena, quando as conversas não seguem em razão da intransigência de pensamento, seja de um, seja de outro lado. Uma pena quando as razões  não conseguem se conversar e ceder um pouco. Parecem agir de qualquer forma, menos racionalmente. Mas, que se pode fazer, se "todos têm suas próprias razões"?


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