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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Gestos

"Eu digo 'oi' e ela nem nada. Passa na minha calçada. Dou 'bom dia' e ela nem liga", são versos cantados por Seu Jorge, na música Mina do Condomínio, que conta o engraçado relato de um rapaz que namora uma moça que não sabe que é namorada por ele. Um fato desses, com toda certeza, é, no mínimo passível de estranhamento pela moça enamorada à revelia. E, por conta disso, pode gerar reações não esperadas.

Mas há vezes em que somos surpreendidos por reações completamente inesperadas e, ao menos a nosso ver, totalmente sem justificativa. Daí ficamos extasiados, com cara de perplexidade e uma imensa interrogação desenhada no olhar e no contorno do rosto, que, em si mesmo, se torna a expressão de um grande texto incapaz de se traduzir em palavras.

Tem gente que faz questão de ser grosseira e, muito propositadamente, insiste em marcar o território da sua ignorância, como se seu gesto de extrema indelicadeza e falta de educação fosse a ostentação de uma inigualável condecoração que pudesse colocá-la numa espécie de pedestal regado com o ouro da arrogância, a prata da prepotência e o bronze da petulância.

Mas essa gente é minoria. São pessoas cuja honra e nobreza são aumentadas e espelhadas à baixeza e à vilania com que se vestem. É lamentável. A elas nossa piedade, nossa pena. A elas, a nossa postura que nos conduz ao caminho daquilo que vale a pena e daqueles que enobrecem as horas da existência e nos fazem crer que com pequenos e construtivos gestos, como 'oi' e 'bom dia' fazem toda a diferença. 

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