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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Irrepetibilidade

"Se eu pudesse voltar a viver novamente, trataria de ter apenas bons momentos, porque, se não sabem, disso é feita a vida: apenas de momentos", afirma Don Herold em um texto que, por muito tempo, foi atribuído ao brilhante escritor argentino Jorge Luis Borges. É engraçado como essa falha de atribuição de autoria sempre volta à tona. Aliás, muitas coisas voltam à tona na história.

Lembro bem que uma das primeiras vezes em que me senti com alguma qualidade para discutir algo em nível filosófico foi em meio a uma conversa sobre história (História, Estória) e a possibilidade de ela ser linear o cíclica. E o que estava em jogo era justamente se, ao longo da história, os fatos se sucediam linearmente de forma singular e irrepetível ou se eles, de tempos em tempos, voltavam numa repetibilidade cíclica.

Vê-se, por exemplo, um conjunto de estilos de vestuário que se repete de vez em quando; alguns estilos musicais; algumas práticas sociais; algumas crenças. Até na nossa história pessoal mesmo, tão curta, tão breve, tão efêmera, vemos certas repetições que, como sina, insistem em se fazer presente como um eco, como uma propaganda, como um argumento que vem várias vezes travestido de originalidade, mas essencialmente igual.

Quando são coisas ruins, muitas vezes não há controle, até porque o grau de volição inconsciente pode ter grande implicação nisso. Entretanto, longe de querer praticar um hedonismo barato, quando são coisas boas, vale a pena tomar a rédea da história e fazer alguns fatos terem vez novamente, a fim de que sensações, emoções e sentimentos que normalmente acompanham os fatos renasçam.

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