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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Pouco muitas vezes. Muito uma vez.

"Os sonhos mais lindos sonhei. De quimeras mil um castelo ergui. E no teu olhar tonto de emoção com sofreguidão mil venturas previ" são versos imortalizados na voz de Elis Regina; aliás, dizer que o som que ela emite é apenas "voz" é quase um reducionismo. Poucos como ela conseguem interpretar tão bem uma música. Entre seus lábios, a música tem outra vida.

Nem todos foram agraciados com esse dom maravilhoso e angelical que é o de cantar. Poucos conseguiram se dedicar tanto quanto tiver sido exigido para cantar bem, de modo afinado, forte, com emissão, com espírito, fazendo encantar a si mesmos e aos que porventura se dispuserem a ouvir. Pessoas assim vão fazendo seus castelos rodeados e recheados de quimeras. Mais de mil.

Assim como esse sonho, outros tantos povoam a mente das pessoas, que seguem a fim de conseguir realizá-los, ainda que por pouco tempo, ainda que parcialmente, ainda que só para dizer que determinada experiência foi efetivamente vivida. Assim, mais ou menos como cantava Cazuza, em "pequenas porções de ilusão". Por essas e por outras, vão-se somando quimeras e vai-se vivendo.

Sim, sim. Sei lá se as coisas melhores são as que se vive por longo tempo, lentamente - e uma só vez; ou se são as que se vive por pouco tempo e rapidamente - mas várias vezes. Nem tudo é como alimentação, prática cuja recomendação é de se realizar pouco várias vezes. Nem tudo é como ter um nome - de uma vez, para sempre. A justa medida entre o muito e o pouco, o lento e o rápido, o longo e o breve... taí algo difícil de achar. Certamente uma das mil quimeras.

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