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domingo, 22 de setembro de 2013

Mais um

"Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso, faço hora, vou na valsa. A vida é tão rara", canta Lenine, na música Paciência, tão cara pra mim e tão cheia de sabedoria. Eu, como bom mineiro, tenho tanta paciência que chego a me irritar com isso. Eu, como alguém cujos batimentos cardíacos são, em média, um por segundo, sou um sujeito que vê a vida passar no ritmo dela, que faz a vida passar no ritmo de que eu preciso. Mas sempre paciente. Sempre entendendo que por trás das coisas tem coisas que eu não vejo.

É meu aniversário hoje. São 45 anos nas costas. 45 primaveras (literalmente, porque amanhã se inicia a primavera). 45 é três vezes a idade de minha filha mais nova. Esta data fecha um signo, fecha uma estação... de modo que só posso me sentir num período de transição. Não sei bem pra onde, mas tenho a certeza de que estamos todos em transição. É certo que sou do tipo de gente que planeja os próximos 2, 5 e 10 anos, na doce ilusão de que saberei onde e como vou estar. Mas a vida, como sei bem, ora derruba ora levanta, sempre fazendo questão de interferir, de interagir com nossos planos.

Sou completamente grato pelo que a vida me deu até aqui. Acredito, muito piamente, que Deus é bom demais para comigo (como já disse tantas vezes aqui). Só o fato de eu ter as filhas que tenho já vale uma vida. Não. Vale mais: vale uma eternidade. Isso somado à minha família e aos meus amigos vai dar como resultado, justamente, a vida. Dá, justamente, 45 anos de existência.

Claro que estou cheio de "-ites" e "-omas", os quais de vez em quando me dão uma limitada que eu não gosto muito. Afinal, ninguém gosta de não jogar e de não enxergar direito. Mas, meu!, 45, velho! Tenho plena certeza de estar nos primeiros anos da segunda metade da minha vida. Vamos ver o que consigo produzir daqui pra frente. Sigo fazendo hora e indo na valsa, porque tenho paciência e porque a vida é rara.

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