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terça-feira, 30 de julho de 2013

Os lados e as pontes

"Não se ofenda com meus amores de ontem; eles tornaram-se pontes pra que eu chegasse a você", canta Jorge Vercilo esses versos sobre a continuidade das coisas. Sobre o fato de que muito do que julgamos serem coisas diferentes, na verdade, são partes de uma mesma realidade. Nós as separamos apenas para poder entendê-las melhor e para encaixar nelas algumas coisas que lhes parecem próprias.

Não me esqueço da primeira vez que vi e ouvi uma pessoa dizer - como se estivesse dizendo a coisa mais extraordinária do mundo: "uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa". Nem sei o que comentar de um pensamento como este, ao mesmo tempo tão óbvio e tão enganoso. Quem se lembra do Humanitismo, de Machado de Assis, sabe bem do quanto uma dada realidade está imbricada em outra em relações de continuidade, de complementaridade.

Os orientais já pregavam isso com a teoria do Yin Yang, pela qual se pode enxergar na morte uma continuidade da vida (e vice-versa), na noite uma continuidade do dia..., pela qual se pode enxergar como complementares realidades tidas como opostas, ora mais graves, como o ódio e o amor, ora mais suaves como as férias e o trabalho.

Para mim, encerra-se hoje o período oficial de férias. Mas nessas férias eu fiz, de muito bom grado, coisas relativas ao trabalho. A partir de amanhã, continuarei fazendo muitas coisas que fiz nesse período de férias. Estar com minhas filhas, descansar, fazer projetos, ensinar pessoas, aprender com elas, sair de SP e voltar... enumeraria uma série grande de fatos que me fazem ver a continuidade das coisas, como se umas fossem pontes para as outras.

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