Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O amor é origami

"Love, love, love. All you need is love. Love is all you need", cantavam os Beatles no refrão - talvez - mais conhecido da banda inglesa que sacudiu o mundo com suas canções simplesmente complexas, ou complexamente simples. Não sei o que dizer dessas coisas que são tão singulares, que nos fazem sentir culpa se dissermos serem simples ou se dissermos serem complexas.

Etimologicamente "plex" é algo como uma dobra. O que quer que se chame de complexo é algo dobrado de tal modo, que dificulta ser visto em sua inteireza. Uma vez formatado, a gente nunca vê o papel inteiro do origami, por exemplo. Por sua vez, o papel do origami, antes de ser dobrado e formatado, é algo simples. Permite-se que seja visto inteiramente. Alguns sentimentos são assim.

O amor é complexo - se é que o amor é um sentimento (e não uma entidade superior, como acreditavam os clássicos). Parece tão simples, parece tão inteiro, um bloco que se vê, se compreende e se interpreta por qualquer ângulo. Todo mundo fala, todo mundo canta. Todo mundo parece ter uma clareza (para mim) tão assustadora, que me faz sentir um cretino, um idiota - no sentido de incapacidade de compreensão.

Às vezes, esse "todo mundo" parece "um bocado de boca sem ninguém pra dublar" quando inquirido sobre o que efetivamente é o amor. Aí, esse mesmo pessoal resolve dar uma de João Grilo e Chicó: "sei, não; só sei que é assim". E nada diz, além de que é coisa pra sentir e não pra entender. Mas, se os Beatles têm razão, como é que não se entende aquilo de que mais se precisa? Que forma tem essa dobradura? Que formato assume esse formato de origami?

Nenhum comentário:

Postar um comentário