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quinta-feira, 4 de julho de 2013

O verso e o inverso

"Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim" é um verso de Caetano Veloso que muito me encanta porque tudo que é simples e profundo me encanta. Como é que pode tanta ingenuidade em um coração só? Ele não pode conter o mundo em mim. O mundo não cabe em mim. Quiçá o inverso. Mas não o verso.

Viajo hoje. Daqui a pouco vou afastar o sono do corpo das minhas filhas. Vou dar ao carro a grata oportunidade de carregar nossas malas. Vou dar às rodovias e estradas o presente da nossa passada rápida por sobre elas. 900km nos separam do nosso destino. E isso me anima. Me anima, sobretudo, porque são horas ininterruptas em que desfrutarei da presença, do sorriso, da graça, da voz, do olhar das minhas filhas.

Me anima mais ainda porque viajar pelas estradas e rodovias é, para mim, experiência ímpar. Seja de dia, seja de noite, a viagem é sempre um colírio, é sempre um bálsamo para o corpo inteiro. É extremamente prazeroso ver aquela estrada correndo inveterada por baixo de nós; ver aquelas paisagens verdes nos enquadrando; ver o céu (dourado de sol ou prata de lua e estrelas) nos envolvendo.

Tem muitas coisas na viagem pelas estradas e no próprio local para onde vamos que merecem ser objeto de nossas fotografias. Celulares ótimos, com lentes que captam imagens a 8MPs e zooms fantásticos, vão flagrar fotografias inesquecíveis. Mas nenhuma dessas imagens será mais bonita do que aquelas que escolho para gravar na memória do coração. O mesmo coração que, de imagem em imagem, vai guardando o mundo nele - porque "não se cansa de ter esperança de um dia ter tudo que quer".

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