Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Obrigado a nada

"Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir, a certidão pra nascer e a concessão pra sorrir, por me deixar respirar, por me deixar existir, Deus lhe pague" é o início do fim da música com que comecei o texto de ontem aqui no Blog. É um trecho que mostra uma gratidão mesclada com uma certa insatisfação, enfim, um sentimento que não se mostra explicitamente, mas que também parece ser - assim como o trecho - o início do fim da vida do personagem.

Lembro bem de uma placa que marcou muito um certo momento da minha vida. Engraçado isto: eu passei quase dez anos por aquela placa e não a havia notado. Não sei bem - ou não me lembro hoje - do que era aquela instituição em cuja parede de entrada se podia ler algo como "aceite a vida e sempre agradeça por tudo". Não me lembro se era para agradecer a algo ou a alguém. Não interessa agora. O que me importa é o ser grato sempre.

Confesso haver momentos em que agradecer, momentos em que ver as coisas como uma graça, momentos em que fechar os olhos e respirar fundo para dizer "obrigado"... é coisa para espíritos bastante evoluídos e/ou resignados. Convenhamos: não é o caso da maioria. Mas é uma postura louvável em todos os aspectos, sobretudo, o de superação e o do anglo pelo qual se vê a vida.

A vida, dizia John Lennon, "é o que acontece enquanto a gente está ocupado fazendo outra coisa". No dia a dia, a gente é levado a agradecer muitas coisas a muita gente. E a agradecer muita gente a muitas coisas. Isso me leva a um jogo de palavras numa música dos Titãs: obrigado por nada; obrigado a nada. O fato é que não há a menor sombra de dúvida de que a gente tem muitos mais a agradecer do que a reclamar. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário