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terça-feira, 30 de julho de 2013

Estação lunar

"Apenas apanhei na beira-mar um táxi pra estação lunar" ouvidos no sotaque original de Geraldo Azevedo são versos que fazem a gente viver as várias narrativas que este brilhante cantor e compositor nos faz sentir quando ouvimos suas músicas que, expõem várias críticas sociais metaforizadas. Quem não se lembra, por exemplo, da "Canção da Despedida", que ele compôs com Geraldo Vandré - outro a quem ando me esquecendo de citar aqui.

Pois é. Essa história de esquecimento comigo não é de hoje. Confesso que já melhorei muito nisso. Para tanto, foi necessário melhorar em muito o nível do registro das ações que tenho por desenvolver ao longo de um dia, uma semana, um mês. Já relatei alguns casos quase imperdoáveis aqui, casos que só um coração muito, muito, mas muito bom mesmo poderia relevar.

Às vezes, a gente mesmo se joga em alguns esquecimentos "na melhor das intenções". Dedicando-nos a outras coisas ou a outras pessoas, deixamos passar compromissos inadiáveis e irremediáveis - características que só vamos admitir depois de perdermos o "táxi pra estação lunar". Hoje mesmo, atrasei-me para uma reunião importante, que me fez assumir por dois anos uma alteração de vaga.

É assim, eu acho, como cantam Los Hermanos: "o esforço pra lembrar é a vontade de esquecer". Concordo bastante com isso, mesmo sabendo as implicações psicossociológicas disso. Na verdade talvez nem haja essa dimensão toda para o esquecimento. Ou talvez haja um pouco mais do que isso. Não sei, não lembro o que já estudei sobre memória e esquecimento. Um misto de (falta de) organização e vontade interfere. Em um ou em outro caso, às vezes estamos na estação lunar, para onde apanhamos um táxi. 

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