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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Cérebro eletrônico

"O cérebro eletrônico faz tudo, faz quase tudo, mas ele é mudo". Esses são versos de Gilberto Gil, na música Cérebro Eletrônico, que marcam ainda um momento em que o computador (e posteriormente a internet - que só vai aparecer na versão de 1996) ia mostrando seu poder de tocar diversas realidades nos mais diversos lugares do mundo. Mais que isso: mostrando seu poder sobre as pessoas, embora Gil insista em marcar nossa individualidade em versos como "mas ele é mudo" ou "mas ele não anda" ou para dizer que cérebro eletrônico algum nos dá socorro em nosso "caminho inevitável para a morte".

Hoje é praticamente impossível pensar um computador sem acesso à internet. Daí talvez o fato de a regravação mesclar com tanta naturalidade essas duas ferramentas. Tanto, que, desconhecendo a história, jamais o poderíamos imaginar. E é assim hoje: temos a impressão de que um computador sem acesso à internet, a despeito de toda e qualquer outra operação que ele fizer, é considerado incompleto e nos limita em muitas operações.

Com a nanotecnologia, tudo vai ficando concentrado em pequenos aparelhos. "Na minha época", por exemplo, uma CPU chegava a ter a minha altura. Hoje, está quase tudo concentrado em um smartphone, em um tablet - ou algo que o valha. Ter, à mão, um celular que não acesse à internet já é algo limitador. E não basta mais o acesso por wi-fi. É preciso ser 3G. Digo mais, 4G e quantos mais Gs forem necessários.

Ainda não é claro para mim se realmente dominamos essas máquinas e as tecnologias nelas embutidas. Ou se nós estamos ficando cada vez mais dependentes delas. Muito do que Gil cantava sobre o cérebro eletrônico no início dos anos 70 já pode ser repensado hoje. "Com seus botões de ferro e seus olhos de vidro", o cérebro eletrônico pode não andar, como ele cantava, mas nos põe em contato com qualquer lugar do mundo a qualquer momento. 



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