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segunda-feira, 15 de julho de 2013

De 1 a 1.000.000

Tive hoje de uma conversa muito gostosa com meu sobrinho, um garoto lindo que eu adoro e que está numa fase de aprendizagem a mil por hora. Ou a um milhão. Ele já sabe escrever o próprio nome. Então me dediquei a ensiná-lo a escrever seu sobrenome. Confesso não ter sido muito difícil para nós dois. Ele aprendeu rápido e fez as associações fonema-letra rapidinho.

Então, resolvi mudar de linguagem e comecei a explorar números. Me certifiquei de que ele sabia direitinho a sequência de 0 a 9. Parabenizei, enfático, por sua esperteza. Quando eu comecei a ensinar para ele que um 1 podia virar 11; que um 2 podia virar 22, que um 3 podia virar 33... não demorou muito para ele já querer fazer o 77, o 88. E quando eu disse a ele que um 10 podia virar 100, 1.000, 1.000.000... aí foi demais. 

Não tem preço olhar aquele rostinho cuja boca se entreabre num sorriso meio contido meio escancarado de alegria pela descoberta. Aquela bochecha subindo e os olhinhos se apertando com o prazer de aprender. Uma mãozinha apertando-se contra a outra como quem agarra um bem precioso. Como sempre digo, além da existência das minhas filhas, poucas coisas me dão tanta satisfação quanto ver alguém aprendendo comigo.

E uma coisa simples para nós, adultos letrados alfabética e numericamente. Mas para a criança, uma descoberta que vai abrir muitas portas por associação. Às vezes acho que J.M. Barrie tinha muita razão ao criar Peter Pan - o personagem que não queria se tornar adulto. A magia da aprendizagem, o prazer das coisas simples parece que vão esmaecendo ao longo do tempo na vida adulta. Aí, o que seria 1.000.000 pode se tornar apenas 1.

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