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domingo, 3 de março de 2013

Outro pôr-do-sol

"Don't let the sun go down on me" é um verso cantado com tanta empolgação por George Michael, que a beleza da música acaba refletindo o apelo quase desesperado de quem pede para que seu próprio brilho não se apague, como se o sol se pusesse sobre ele, depois de mais uma vez procurar a si mesmo no outro. E, mais uma vez, não se achar.

Não tenho a menor dúvida de que o pôr-do-sol é um dos maiores espetáculos que a natureza nos proporciona diariamente. Apesar de não podermos ver sempre, todos os dias, de leste para oeste, o sol se ergue sobre nós. E se põe sobre nós também. Céu nublado, camadas de poluição, arranha-céus quase literais, ou simplesmente excesso de atividade e esquecimento e desvalorização e indiferença são fatores que  fazem com que percamos o espetáculo diário; fazem com que o sol não se ponha sobre o dia, mas se ponha sobre nós.

O sol nunca pede permissão para nascer e muito menos para se pôr. Seria um desejo quase pecaminoso querer controlar o sol, seu ciclo, sua explosão constante em milhões de graus de calor, seu fulgor, o bem que ele faz ao dourar a pele, o mal que ele faz ao desencadear câncer nos despreparados, o bem que ele faz à vida do ar, do mar e das plantas; o mal que ele faz rachando solos e solas, no Norte, no Nordeste e em certos desertos incertos.

Assim como ele não nos pede permissão, ele também não aceita nossas ordens. Não controlamos o sol. Nem ele a nós. Ele segue a vida dele .Nós seguimos a nossa. Agora... é bem mais fácil ele influir na nossa vida, do que nós na dele. Às vezes sinto o brilho intenso dele em mim e acho que ele vai me aquecer e me fazer radiar sua energia sempre. Mas, sem mais, sem menos, a noite chega. E me ponho a esperar outro dia.  

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