Tem momentos na vida em que somos surpreendidos por acontecimentos que mudam radicalmente o curso que estávamos dando a determinado plano. Ocorrem coisas que fazem com que ponhamos em dúvida a continuidade do processo em que estávamos. Aí ficamos pensando se foi coisa de má sorte, se foi produto de uma imprudência ou se foi mesmo um capricho do chamado "imponderável"
Imponderável é uma palavra muito cara pra mim. Por mais que qualquer dicionário possa vir trazê-la muito bem definida em seus verbetes, não terá jamais o sentido que tem pra mim. É imponderável aquilo que a razão não consegue perscrutar, distinguir, escrutinar, definir... não consegue dizer o que é, de onde veio nem pra onde vai. Não é o que se diz de muitos casos e é precisamente o que se diz de outros tantos, fazendo calar as razões questionantes e fazendo se aquietar corações conformados.
Nesta semana eu vinha plenamente confiante que iria conseguir meu objetivo de participar de uma prova de corrida, minha primeira, de 5km. Estava física e psicologicamente preparado para tanto. Tudo devida e milimetricamente calculado. Tudo. Até que a má sorte, a imprudência ou o imponderável veio de encontro a mim e impôs uma barreira. Jogando futebol na noite de ontem, lesionei o joelho. Hoje às vésperas da corrida, estou na cama com a perna sobre uma bolsa térmica.
Como julgar se foi a má sorte que me sobreveio. Se fosse supersticioso, já pensaria em gatos pretos, escadas. Até era sexta-feira quando me machuquei, mas não sexta-13. E se foi imprudência? Talvez eu não devesse ter participado daquela jogada em que me machuquei. Mas era meu papel - executado com sucesso, por sinal. E se foi o bendito imponderável? Tinha de acontecer e ponto? Não sei e jamais vou saber. Então pouco importa. O fato é que não vou abrir mão do meu objetivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário