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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

A parte que lhe cabe

Sabe aquelas vezes em que um pensamento atravessa sua cabeça de lado a lado e se traduz em um conjunto de palavras que dizem: "bom; fiz o que estava ao meu alcance. Se a pessoa não aproveitou, paciência". Me lembra bem a música deliciosa na voz de Paula Lima: "preparei uma roda de samba só pra ela, mas, se ela não sambar, isso é problema dela". Na verdade, esta é uma música bem (mas bem mesmo) antiga. Só que seu conteúdo é atualíssimo.

É mais ou menos o que se passa com aquela jogada genial em que um gênio do time dribla um, deibla dois, divide uma bola com o terceiro, sai na cara do gol e, vendo um companheiro em melhores condições de fazer o gol, passa-lhe a bola. Mas, por descuido ou por achar que o gol já está feito, ele bate displicentemente na bola... e a bola não entra. Juntamente com o uuuuuuuuhhhhh da torcida, o gênio que deu o gol feito pensa: bom, fiz o que estava ao meu alcance.

É também o que se passa com aquele sujeito bem perdido que nos para na rua e pede uma informação sobre como chegar a determinado lugar. Depois de toda paciência do mundo com a qual lhe explicamos como chegar ao seu destino, ele deixa de seguir uma das instruções e vai parar em outro lugar - sabe lá Deus qual. O mesmo se passa com o que deu a orientação segura: bom, fiz o que estava ao meu alcance.

Ou ainda o que vemos nas escolas neste final de ano nas escolas em geral: professores e coordenadores que se desdobraram para promover condições para que o aluno aprendesse o que se fazia necessário, a fim de que obtivesse sucesso e fosse aprovado e passasse a cursar a série seguinte. No entanto, a despeito dos esforços dos adultos, o aluno - tal qual criança mimada ou mal educada - não segue as orientações e se coloca na posição limite entre aprovação e reprovação. Caberá a eles reiterar que sua parte foi feita. Provavelmente, aquela frase vai se repetir. 


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