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sábado, 29 de novembro de 2014

Do tempo



Este, sim, o tempo - ele pode dizer que é soberano sobre todos nós. Pessoas que têm vida normal, isto é, cujo comportamento é semelhante ao da maioria, não têm muita alternativa a não ser conformar-se às limitações que o tempo impõe. E é bem esta a palavra: impõe. Tomo sempre emprestado de Oswaldo Montenegro o verso segundo o qual "o tempo não pede permissão para passar".

A gente mesmo vai ajustando a vida em função dele, do tempo. Primeiro, que o tempo de vida que temos determina o grau de dependência que apresentamos aos outros - que acabam cuidando de nós, quando somos crianças. Isso tende a diminuir na adolescência, quando passamos a assumir algumas responsabilidades, e vai tomando cara nova - uma cara que tem todo jeitão de independência, mas que, na verdade, é só uma nova cara, porque passamos a depender de outras coisas e pessoas, que vão dispor de mais de menos tempo para nós.

A medição do tempo, que entendemos como de absoluta precisão - a julgar pela regularidade do Big Bang, por exemplo - é algo que nos oprime ao mesmo tempo em que nos motiva. Curioso pensar o que é 1 segundo para quem está curtindo uma manhã ensolarada na praia... e 1 segundo para um atleta corredor de Fórmula1... e para alguém que tem o infortúnio de estar em meio à queimadura ou afogamento. Apesar de sua precisão matemática, o tempo não é preciso. Mas é preciso tempo.

A medição do tempo é uma coisa. O tempo é outra. Ele passa por nós e deixa sua marca independentemente dos tic-tacs que ouvimos dos relógios analógicos ou dos números se alternando freneticamente nos visores de relógios digitais. Ele deixa marcas na nossa história pessoal, estudantil, profissional, interpessoal. Ele deixa sua marca em nós. E, como se não fosse suficiente todo esse poderio, ele também faz cessar o tempo de nossos órgãos vitais - razão pela qual, é preciso estarmos atentos, porque não é só ele que passa. 


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