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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Sob a luz dos holofotes



Lembro com saudades da primeira apresentação de dança que vi onde trabalho. Era de criancinhas. À época, meninas de quarta e quinta séries (ainda se chamavam assim as séries). 10 ou 11 anos em espetáculo de fim de ano. Aquela apresentação me comoveu tanto, que publiquei um texto no jornal da escola, para o qual dei o título de "O que os olhos veem o coração sente". Não o tenho mais, mas guardo a sensação que tive ao escrevê-lo há 18 anos.

Depois vieram as apresentações das minhas próprias filhas, nas quais eu e outros tantos pais nos acabávamos de banhar os olhos em lágrimas enquanto segurávamos nossas câmeras filmadoras com mãos trêmulas. E, como se não bastasse assistirmos à filmagem feita por nós, ainda comprávamos a filmagem oficial, mais as fotos e demais lembranças. Na verdade, comprávamos registros de momentos especiais.

Especiais como os de hoje, ao menos em duas ocasiões. Pela manhã, tive a feliz oportunidade de ministrar oficina de música, ao lado de um professor muito amigo e competente. Conseguimos, em hora e meia, levar os alunos à compreensão do que é uma canção e de como podemos compor. Não só isso, mas também a executar a composição. Sim, compusemos e cantamos uma linda canção.

À noite, tive o privilégio de assistir a uma apresentação de teatro na qual dois alunos meus atuam. Não têm os mesmos 10 ou 11 anos que tinham as crianças a que me referi no início. Têm seus 13 e já fazem bonito sobre o palco. A timidez e as dificuldades mostradas durante a aula que fazem comigo no escritório, desapareceram sob a luz dos holofotes, atrás das cortinas e sobre o barulho dos aplausos que ovacionavam o sucesso da apresentação. O que os olhos veem o coração continua sentindo.

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