Victória – assim era chamada a
deusa Nike, sempre andando com os louros da vitória nas mãos. Sempre andando ao
lado de Athena – deusa da sabedoria, da estratégia. Não importa o o teor
mitológico da minha ponderação inicial, importa a ideia que o mito transmite,
enquanto forma de conhecimento que por limitação para explicar a realidade
presente por meio científico, constrói-se como um discurso legítimo dentro de
suas peculiaridades.
Não uso Nike, e, por opção, não uso
marca alguma seja dada como unanimidade. E não se trata de ser melhor ou pior,
é apenas uma opção. Mas hoje foi um dia muito vitorioso pra mim – pelo qual dou
totais graças a Deus. Tinha tudo para dar errado, mas optei por ser persistente
e fazer tudo que estava ao meu alcance para não desistir do meu objetivo de participar
de uma prova de corrida de 5km hoje. Vinha me preparando há um bom tempo, e
quase não pude ir.
A lesão no joelho me dava medo de
correr, ainda mais por saber que se tratava de um percurso cheio de subidas e
descidas. E, neste caso, a descida é bem pior para o joelho. Então, cheguei com
uma hora de antecedência e cuidei de me alongar muito e de me aquecer bem.
Faltando 20min já estava próximo da linha de largada para iniciar aquele que
seria um super teste para meus pulmões, para minha musculatura e,
principalmente para minhas hérnias e minhas articulações – especialmente a do
joelho.
Talvez nunca tenha estado tão
concentrado para uma atividade física. Provavelmente eu tenha corrido tanto com
as pernas quanto com a cabeça. As dores me visitaram no início e no final do
percurso, mas em nenhum momento eu quis parar. Eu queria os louros da vitória. Não para ostentar, não para que outros vissem, mas para que eu pudesse dizer a mim mesmo que sou capaz de ir mais longe do que acho que posso. Nunca havia participado de uma prova. Nunca tinha corrido 5km. Fui, vi, venci.
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