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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O mal nos mais jovens




Ao longo dos mais de quarenta anos que já vivi, dos quais metade dedicados à educação de jovens e adultos, pensei ter adquirido experiência suficiente para poder dizer que conhecia bem a faixa etária com que sempre trabalhei. Mas surpresas sempre se apresentam diante de nós e servem para nos ensinar que jamais sabemos tudo. Vale sempre o ensinamento de Sócrates, segundo o qual "tudo que sei é que nada sei". Sábias palavras que nos colocam na base da humildade.

Os últimos meses foram marcados por uma série de acusações entre os candidatos a presidente da República. Tanto no primeiro quanto no segundo turno, foi uma enxurrada de acusações de corrupção de todos os lados para todos os lados. Fundadas ou não, todas as práticas de corrupção revelam que os valores morais estão enfraquecidos; além disso, o sentimento de culpa e de reconhecimento dos próprios erros vem se tornando raridade.

Entre adultos é mais comum presenciar esse tipo de prática pela qual as pessoas procuram atender aos seus próprios interesses, em detrimento do mal que possam causar a outras pessoas. Assim, num egocentrismo exagerado, num hedonismo injustificado, fazem valer o que já alguns séculos Maquiavel havia proposto como aforismo: os fins justificam os meios. Dessa forma, se a finalidade é satisfazer-se, pouco importa se outros serão ou não prejudicados.

Infelizmente tomar conhecimento dessas práticas entre adultos parece estar virando coisa normal. Uma regra. Algo esperado. Algo sem o que algo não seria o que é: a política, por exemplo. No entanto, ver pessoas jovens fazendo isso é absolutamente triste. Ver a normalidade começando a habitar a visão de adultos sobre as práticas juvenis maldosas é infinitamente triste. Lutar contra isso não pode ser, para usar as palavras de Drummond, "uma luta vã".

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