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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Tempo perdido




Morar numa cidade grande como é São Paulo, implica não só ter o privilégio de estar na segunda maior cidade do mundo (segundo o http://www.portalbrasil.net/paises_cidades.htm) e desfrutar de tudo que ela tem para oferecer simultânea e constantemente. Implica também conviver com tudo o que uma megalópole tem de ruim também. E nem vou me referir aqui aos altos índices de violência ou de desemprego... nem de qualquer outro índice.

Atrás apenas de Seul em número de habitantes, São Paulo nos faz ganhar muita coisa - e isso é inegável. Para mim, então, que tenho o privilégio de estar onde estou tendo vindo de onde vim e vivido o que vivi, posso dizer com toda certeza que ganhei muito desta cidade onde batalhei e batalho todos os dias. Mas aqui também se perde muita coisa - das mais variadas formas, inclusive por furto, roubo, extravio etc. entretanto, de tudo que mais se perde em São Paulo, o que mais me tira a paciência é justamente a perda de tempo.

Dada a sua inexorável irreversibilidade, o tempo perdido é, por certo, a maior das coisas que se pode imaginar perder. E aqui nesta cidade, perder tempo é algo que está virando comum, sobretudo, em razão do trânsito cada vez mais caótico que enfrentamos todos os dias. Às vezes por simples excesso de veículos, outras por acidente, outras pro obras, outras pelo rush. Perde-se tempo em filas, em processos parados, em tecnologia falhante; perde-se tempo em procedimentos burocráticos, em reuniões infrutíferas, em discussões absurdamente estéreis. Perde-se tempo. Perde-se.

Não, não sou daqueles inveterados controladores de tempo e de seu proveito; daqueles que não podem se dar ao ócio, que não suportam fazer nada; nem dos que estressam com o mínimo atraso - viver numa cidade como esta é estar sujeito ao atraso. Sou, sim, daqueles que têm como verdade o refrão do Scorpions "Life is too short". Perder tempo é perder porções em que a vida poderia ser vivida com mais sentido, com o prazer de estar fazendo algo (mesmo que seja fazendo nada) "que justifique a vida ou pelo menos esse instante".

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