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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Caminhando na imobilidade




Não sei exatamente qual é a magia ou o fato que faz as coisas serem o que elas são por um tempo tão gigantescamente grande, resistindo às mudanças ora boas ora ruins que insistem em afetar a todos que se dão o luxo de existir. Ou de continuar existindo. Já publiquei aqui (acho) texto que trata das mudanças como os eventos que caracterizam tudo que é vivo.

Por uma razão burocrática fui instado hoje a resolver uma suposta questão que havia ocorrido ainda em 2012. Naturalmente, tanto tempo depois, eu já não me lembrava detalhadamente do caso. Tratava-se do fechamento de nota de dois alunos da Universidade que haviam parado de frequentar o curso. Não havia como, à época, fazê-lo. Enfim, estranhei o fato de ser procurado tanto tempo depois, mas para lá fui eu resolver a questão.

Ao chegar lá, onde não entro profissionalmente há precisos 2 anos, justamente por estar licenciado, fui tomado pela sensação de "nada mudou". Muito apesar de a secretaria ter sido deslocada para outro espaço da Universidade, os processos, as pessoas, as reclamações, as expectativas... todo continuava igual a como deixei em 2012. É verdade, não posso negar nunca, que o carinho das pessoas ao me ver continua o mesmo, do pessoal da manutenção, passando pelo da cantina, da livraria e da Direção, na graduação e na pós.

Saí de lá com essa sensação de mesmidade. Foi o que me passaram as mesmas paredes manchadas, as mesmas placas de gesso descolando do teto rebaixado, as mesmas dificuldades para acessar os sistemas de informática e tudo mais que presenciei por lá. E é uma pena a impressão que dá de que algo está caminhando por caminhar, enredado pela imobilidade (com o perdão do paradoxo), em direção ao que parece ser seu fim. E eu fico na expectativa de que seja para um novo começo.

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