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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Ser competente para ser



Não são poucas as vezes em que sou convidado a integrar bancas de avaliação de candidatos que precisam conquistar um título ou melhorar sua carreira em um grau. Assim é com alunos que prestam provas de leitura e matemática. Também o é com adolescentes à beira do exame vestibular, ou com o adulto que precisa defender uma ideia oralmente e por escrito, seja ela por meio de uma monografia, de uma dissertação ou de uma tese. Em todos esses casos, o fator diferencial é a percepção de quanto o candidato se preparou para enfrentar aquela situação avaliativa.

É evidente que uma só avaliação, em um momento pontual, não deveria ser O único momento de examinar alguém. Quer dizer: algumas horas de prova não definem necessariamente a capacidade de uma pessoa. Na vida em sua totalidade não é assim que funciona, pois um alto grau de cordialidade - tão característica do brasileiro (como disse Sergio Buarque de Hollanda, no famoso Raízes do Brasil) - faz com que sejamos levados a compreender que sempre pode haver uma nova chance, sempre haverá uma ajuda, uma mão amiga. Entretanto, há muitas situações que não é assim que funciona.

Uma defesa de mestrado/doutorado, um exame vestibular, uma prova de ingresso, uma partida final de qualquer competição (coletiva ou individual), tudo se resolve em uma única oportunidade. Se houver necessidade de refazer qualquer uma dessas, o candidato deverá esperar a outra vez em que a avaliação acontecerá. Assim ele vai precisar estar suficientemente preparado para superar as adversidades e para demonstrar que é suficientemente capaz de exercer a função para a qual se inscreve: um aluno de série seguinte, um estudante universitário, um mestre em alguma ciência.

Não é diferente na vida, nas relações interpessoais, nos diversos desafios a que somos expostos todos os dias. O tempo todo temos de demonstrar capacidade suficiente não só para permanecer no estágio em que nos encontramos, mas também para ocupar um estágio além. Em seu livro Transformando suor em ouro, Bernardinho diz que "a vontade de treinar tem de ser maior do que a vontade de vencer". E é fato. Mas muitos, ao ter o olho apenas na vitória e nas benesses daí advindas, caem ao primeiro obstáculo. Para ser (o que quer que seja) é preciso ser competente, capaz, preparado.

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