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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Emocionar-se e viver



Tão sublimes são as emoções e os sentimentos que podemos vivenciar no dia a dia, que chega a ser bobagem refutá-los. Naturalmente, entre as muitas emoções boas do dia há outras que não poderiam ser classificadas da mesma forma. Prefiro referir-me às primeiras, àquelas que nos fazem sentir um pouco mais humanos, um pouco mais gente, enfim: aquelas que nos fazem sentir um pouco mais.

Numa vida tão agitada como a que a maioria de nós leva, estar atento às emoções e ter o privilégio de poder dar vazão a elas é algo impagável. Não há palavras que possam traduzir fielmente o que vem a ser uma emoção genuína. Normalmente ela se transforma em coisas que muitas vezes não controlamos: vem em forma de choro, vem contida em um sorriso nervoso, vem numa perda súbita do nosso próprio controle - e isso nos traz espasmos, alguma tremedeira, uma taquicardia...

E as emoções não fazem acepção de lugares para se manifestar; elas não se importam se há ou não pessoas por perto; não perdem permissão para se instalar em nós. Além disso, elas não escolhem medidas para se tornarem parte de nós. No entanto, aguardam a outra parte da moeda, isto é, o grau de envolvimento necessário para colocar em sintonia o que sentimos com o que pensamos e com o que podemos fazer no momento mesmo da sua chegada.

Às vezes as emoções chegam por uma coisa simples como o gesto de uma criança ou pelas palavras de um amigo; pelo beijo da pessoa amada; ou ainda por uma oportunidade que se abre diante de nós. Outras vezes, por razões banais como a vitória de seu time ou ainda a derrota do time arquirrival. Importa pouco sua origem; importa mais sua existência delas em nós. Importa muito mais estar vivo para ser tocado pelas emoções diariamente do que manter-se intacto e imóvel, indiferente às suas manifestações. Eu quero estar aberto a elas porque quero estar vivo.




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