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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Ofício de ensinar e viver




Em uma celebração hoje, por ocasião das proximidades do Dia do Professor, ouvi uma daquelas frases que dormem dentro da gente e que já ecoaram tanto, que talvez não tenham já sua força original. Por essa razão, como se fizessem valer o ditado segundo o qual "santo de casa não faz milagre", precisam que um "santo de fora" venha e diga. Aí, como que por magia, a frase ganha todo o brilho e contorno que faz dela um achado garimpado entre tantas.

Foi assim que me senti hoje quando ouvi do celebrante uma verdade, para mim, das mais fortes: professor é aquele que "faz do ofício de ensinar um sentido de viver". A frase veio como uma luva para mãos desprotegidas do vento frio. E é fato: minha identificação com a essência desta frase é total, uma vez que ensinar para mim é um privilégio que encontra sua outra face na alegria sem tamanho de ver alguém aprendendo comigo.

Ao final da celebração, algo veio corroborar aquele estado de "estranhamento/maravilhamento", como diziam os filósofos já antigos. Uma das pessoas que falou na celebração havia sido minha aluna há (???) anos, e hoje já é professora. Ela compartilha comigo o gosto por ensinar e, numa conversa informal pós-celebração, afirmou que muito ajudaram as aulas de redação que ela havia tido comigo.

Não, não está em jogo o quanto vale aquilo com que as pessoas se alegram. O que traz a alegria não está propriamente nas coisas em si nem nas palavras que ouvimos/lemos. O que alegra está, sim, no que as palavras e as coisas representam no exato momento em que elas vêm à fina superfície da existência palpável. Ensinar e ver alguém aprendendo comigo é algo que dá sentido à minha vida, pois sou daqueles que fazem "do ofício de ensinar um sentido de viver".

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