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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Rir e aprender



Fui educado a pensar que, em termos de aprendizagem, aprendemos mais com os exemplos que vemos do que com o que aprendemos indiretamente, por meio de ensinamentos formais ou por leituras que fazemos. Em outras palavras, uma criança aprende mais com o que ela, de fato, vê do que com o que ensinamos a ela.

Passava hoje por um lugar em que a entrada ou a saída depende completamente do uso de uma carteira magnética. Lá não há problema algum em estar sem a referida carteira, porque sempre há algum segurança local que pode autorizar a entrada ou a saída da pessoa, desde que, claro, ela se identifique adequadamente.

Pois hoje, enquanto passava a minha carteira em uma das catracas, presenciei uma cena que me chocou. Eu sei que qualquer um que ler este texto poderá dizer: "nossa, Ever, que frescura! Que que tem?". Mas mesmo sabendo disso, vou contar que cena era. Uma criança e sua mala passando sua carteira pela catraca, arrastando sua mala pesada. Imediatamente atrás dela, no mesmo movimento giratório da catraca, vinha uma senhora (mãe? avó?), aproveitando a passagem da menininha para que ela mesma passasse.

Frescura ou não frescura, importar-me ou não com o que vi, pouco interessa. Não me preocupei com o fato em si, mas não o julguei natural nem adequado. Quem sou eu para julgar? Ninguém. Mas me preocupou o ensinamento que a senhora estava dando àquela menina. Ela, sim, por certo, como criança estava se divertindo com aquilo. Afinal, deve ser legal passar a catraca apertada entre sua mala e aquela senhora, e passando rápido, torcendo para não ser vista. Ela ria. Ria e aprendia. 

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