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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Waze pessoal



Hoje, como tem sido rotina já há muito tempo, fui buscar minhas filhas nos lugares em que estão. Quando no claro do dia, não me incomoda que vão e voltem sozinhas. No entanto, à noite ou tarde da noite, faço questão de ir buscá-las. Uma delas estava bem distante hoje fazendo um trabalho de Inglês na casa de uma amiga, cuja família é amiga da gente. Apesar disso, não tinha tido ainda o privilégio de visitar. E para ir lá buscar minha filha hoje praticamente às 23h, não só pelo meu cansaço, mas também porque sou perdido à beça, precisei recorrer ao aplicativo Waze.

A utilidade desse aplicativo é imensa. Com sua capacidade de localização rápida dos lugares aonde precisamos ir, ele não só mostra onde está, como também traça uma rota que nos conduz ao caminho mais curto e mais rápido, já que evita congestionamentos, obras etc. Não bastasse isso, "reporta perigo à frente", avisa a presença de radares, indica a proximidade de restaurantes, postos de combustível e uma série de outras possibilidades.

Como o caminho era longo, entre uma e outra música que eu ouvia no rádio, me pus a pensar em como seria bom se pudéssemos ter um Waze dentro de nós, na nossa mente, no nosso coração. Se isso fosse possível, provavelmente evitaríamos rota de colisão desnecessária em muitos de nossos relacionamentos, preveríamos eventuais acidentes e nos desviaríamos de congestionamentos que truncam os relacionamentos (menos ou mais próximos), chegaríamos aos nossos objetivos para com a pessoa de um modo menos trabalhoso. Enfim, penso que seria um maravilhoso recurso para orientar melhor as nossas relações diárias - com quem quer que seja.

Se assim seria tão proveitoso por um lado, por outro seria o coroamento da preguiça (sob a desculpa do ganhar tempo), da comodidade e da conveniência. Mais que isso, reduziria em nós a possibilidade de decidir por nós mesmos e, dessa forma, assumirmos os riscos que muitas vezes é preciso correr. Por certo, deixaria a vida menos errática, menos errante ("sempre na estrada, sempre distante" - como canta Paula Toller). Ou não.




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