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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Lembrança de presente




Embora eu trabalhe desde meus 14 anos, minha atuação profissional como professor tem apenas 20 anos. Era o ano de 2004 quando comecei em colégio do Estado e, depois, em colégios e universidades particulares. Esse tempo todo é repleto de lembranças e de muita gratidão por todas as oportunidades que, acho, eu soube/pude aproveitar. Há alguns anos, quando comecei a atender particularmente em meu escritório, fazendo orientação de estudos, um dos meus primeiros alunos era um estudante de Direito que planejava passar em concurso. Passou.

Hoje, voltando a atendê-lo em meu escritório, ele disse que me ver era muito bom, não só pelo que aprendia, mas também por ser uma forma de ele encontrar-se com seu passado - afinal, também fui seu professor no Ensino Médio. Sua fala me colocou de frente com a realidade de que participo da memória de muita gente. Sua fala também me fez pensar que não consigo integrar a memória de mim mesmo do tempo em que eu era criança.

Lembrei que não lembro da minha infância - naturalmente por tudo que a deve ter marcado após a separação de meus pais e após minha mãe ter vindo para SP, e eu e minha irmã termos ficado um tempo em MG com meus avós. Por conta disso, neste meu aniversário, pedi a algumas pessoas, muito em particular, que me dessem como presente uma ou outra memória que tivessem de seu convívio comigo na minha infância. Talvez o inusitado de meu pedido tenha sido a causa de eu não ter podido contar com esses presentes.

Não foi à toa que enveredei pelo ramo da História na especialização e no Mestrado, assim como entrei para a Historiografia no Doutorado. Minha curiosidade pelo passado - seja do que for, inclusive o meu próprio - me chama com alguma frequência. Não sou museu, mas gosto do passado. E agora, vou encerrar o dia instigado a pensar em que medida minha passagem na vida das pessoas marca-as a ponto de ter o privilégio de integrar sua memória.


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