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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O ler e o brilhar



Fui apenas hoje à Bienal do Livro. Saí de casa bem cedo para pegar menos fila e para poder andar por lá com um pouco mais de calma. A média diária de público desde o primeiro dia vinha sendo de praticamente 100mil pessoas por dia. O objetivo do evento era alcançar a marca de 700mil visitantes ao longo de uma semana. Não deu tão certo quanto eu queria, mas no geral, foi tudo ótimo.

É de se destacar a ação dos organizadores, que colocaram ônibus à disposição da população para levar ao evento e trazer de volta. Não tive dúvida: fui de metrô, tomei ônibus até lá. Fiz o que tinha de fazer e, quando estava começando a encher demais, por volta de meio-dia (era último dia hoje), eu escapei. Entrei no ônibus de volta, com todo conforto. Mais até do que teria se tivesse ido de carro.

No caminho de ida, eu, em pé, observava o diálogo de um filho, menininho mesmo, com seu pai, sobre a Bienal. Ele, pequenininho, sentado ao lado do pai, olhava para cima enquanto falava e, para mim, que estava olhando para ele de cima, via seus olhos extremamente brilhantes. Até agora não sobre distinguir se aquele brilho todo era pelo fato de estar refletindo o forte sol que fazia. Ou se era sua alegria por estar indo a um universo de livros.

Tive a sensação boa de que podemos melhorar. Sempre disse aos meus alunos que, quanto melhores leitores formos, também seremos melhores pessoas. E vice-versa. Quando a gente está cheio de ideias movimentadas pela leitura de algo que nos encanta (romance, teoria, projetos, relatórios...), isso se transforma em brilho no olhar, em brilho de palavras e ações. Mais: faz a gente querer compartilhar a alegria de estar indo de uma leitura para outra - exatamente como a vida, em que migramos de uma história para outra, ora como personagens ora como leitores.

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