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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sonhos que quis sonhar (de 11 em 11 anos)




46 é o número de anos que eu habito este mundo. É o tempo que tive para poder aprender de tudo um pouco que este mundo já me ofereceu. Coisa boa e coisa ruim. É o tempo que usei para também dar a ele da minha experiência, com a intenção de que ele possa se tornar um lugar melhor em que eu e as pessoas com quem convivo possamos olhar para ele com a certeza de que fizemos o nosso melhor para continuarmos dignos de ocupá-lo. Este é o tempo em que vejo meus sonhos realizados. Tempo em que vejo minhas filhas fortes, lindas e saudáveis. Elas: meu maior presente, meu maior sonho.

Quando este tempo era apenas de 35, eu vivia um momento que talvez tenha sido o ápice da minha carreira profissional, realizava um sonho, porque havia sido aprovado no concurso da PUC-SP onde me tornaria doutor dois anos depois e, dali para frente, viria a lecionar na pós-graduação. Me orgulhava muito das aulas, das orientações que fazia aos pesquisadores, das Bancas de Mestrado e Doutorado, das publicações, dos grupos de pesquisa, dos congressos, enfim, dos muitos amigos que fiz lá. Era um tempo em que tudo estava sob absoluto controle. (óbvio que "absoluto" é engano)

Aos 24, nada estava sob controle. Eu me sentia cheio de energia para seguir em frente na busca de meus objetivos. Tinha comprado meu primeiro apartamento, estava prestes a me formar e a me casar - a constituir a família com que sempre sonhei e vim a ter. Àquela época eu já vivia o estilo workaholic que mantenho até hoje (um pouco menos). Figuras importantes que faltaram na minha vida, sem querer me obrigaram a me tornar alguém que aprendeu a trocar o pneu com o carro em movimento, a abastecer o avião em pleno voo, na perseguição implacável dos meus sonhos.

Isso não não acontecia aos 13, pois, com essa idade, minha ocupação era dupla: estudar e jogar futebol com os amigos. Me esforçava para obter os melhores resultados nos estudos e nos jogos. Acho que também é o tempo em que frequentei igreja; tempo em que, sem escola de música, aprendi a tocar um instrumento musical (um violão Giannini Awne 16). Tempo em que comecei a trabalhar. Época em que eu alimentava os sonhos que eu queria sonhar. Como Deus é bom demais para comigo, ele me colocou diante de situações que me conduziram até estes 46 anos e até estes sonhos. 


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