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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Acho e desacho



Adolescente é um tipo de pessoa que está no momento mais crucial da vida, pois se encontra entre o final da infância em que tudo lhe parece possível e no início da vida adulta, fase em que ceticismos, agruras, desapontamentos mostram gradativamente que nem tudo é possível. Depois se passa a lidar com a noção de viável, dentro do que dá e do que não dá para realizar. Mas, enquanto vigora a adolescência, o mundo concreto prepondera no modo de se conceber, entender, interpretar e interferir no mundo.

Em uma de minhas aulas hoje, separada para discutir problemas relacionados à sala de aula (escolares, pessoais e sociais), eu trouxe à tona uma discussão a respeito do mundo que não vemos, mas que sabemos estar aqui. Que não vemos, mas que sabemos estar nele. E é fato: seria uma pretensão altamente irresponsável imaginar que apenas nós com nossa forma de ser e de estar neste mundo é que o ocuparíamos (reis e senhores sobre animais, plantas e quetais). Às vezes acho que nossa pretensão é maior do que o mundo que experimentamos. Mas logo desacho.

Contei a eles algumas das minhas experiências religiosas e, portanto, ligadas ao transcendente, ao que é, para a maioria, invisível aos olhos. Não tardou muito para que se engajassem no tema que eu propus, entre eles: deja vu; visitas de entes mortos; contato com quem já morreu; previsões; coisas que se mexiam. Foram muitos relatos: ora divertidos, ora assustadores. Não tive dúvidas: a vida do adolescente está para muito além da simples realidade concreta ou virtual.

Apesar de ser preponderante o aspecto concreto e virtual no cotidiano desses meninos com quem convivo, há ali também uma ainda incipiente conscientização para a realidade que os cerca, que os antecede e que os sucederá. Em boa parte, eles estão ligados na ideia de Deus, na presença do espírito trazendo vida ao corpo e cuidando do brilho que tem o semblante de quem está satisfeito,contente com o modo como sua vida se encontra. Um brilho que enche de coloração própria o rosto desses meninos.

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