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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Quem sai aos seus



Há um ditado já bem velho que serve para justificar as muitas semelhanças existentes entre pais e filhos ou mães e filhas: "quem sai aos seus não degenera". E é interessante mesmo que alguns filhos, mesmo sem terem convivido muito tempo com seus pais, guardam alguns comportamentos típicos de quem observou muito e, ainda que involuntariamente, os imita. É bem o meu caso: dizem que quando não como à mesa, e sim segurando prato, faço-o exatamente como fazia meu pai.

"Como nossos pais" fizeram, nós repetimos muitas vezes o que eles fazem, ainda que não nos tenham ensinado formalmente, porque os observamos muito mais no que fazem do que no que falam. Esta a grande razão de Belchior cantar aquele verdadeiro hino de formatura cantado por muitos como a bandeira da mudança, do "progresso" em relação ao modo de ser dos pais, quando, na verdade, canta o contrário: "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais".

Tal engano também se dá na música - de época mais recente - "Pais e filhos", da Legião Urbana. Quando Renato Russo canta "o que você vai ser quando você crescer" não é uma pergunta, como aquela tradicional que fazemos quando inquirimos a futura profissão de um jovem. De fato, Renato Russo está é afirmando que os pais "são crianças como você - o que você vai ser quando você crescer", isto é: quando cada um de nós crescer, vamos ser como foram nossos pais: crianças.

A rigor não podemos mesmo negar que direta ou indiretamente, convivendo ou não convivendo com os pais, temos em nós muita influência deles. Como canta Nando Reis "Pego o meu carro pelo asfalto, uso o sapato da mesma maneira, por influência do meu pai", como se perpetuássemos em pequenos gestos a presença daqueles que nos geraram e que deixaram em nós marcas indeléveis.



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