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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Escolha o corpo



Quando crianças, naturalmente não temos a menor autonomia para decidir absolutamente coisa alguma sobre o nosso corpo. Decidem por nós. Se adultos responsáveis e ponderados, ótimo para a nossa saúde. Se não, já vamos penar desde cedo para regular o corpo diante do que lhe é oferecido. Mas como na vida de recém-nascido o humano é um dos animais mais dependentes entre entre todos, ele fica à mercê de quem tem o poder de decidir sobre o que será posto naquele corpo internamente (como alimentos) e internamente (vestimentas e adornos gerais).

No entanto, uma vez crescido e já com algum poder de decisão somado a um grau desejável de consciência, os mais jovens podem sempre optar entre a alimentação saudável e a alimentação desregrada. Mesmo considerando que o metabolismo do corpo adolescente tem um processamento muito melhor do que o nosso, é necessário que ele saiba que aquelas escolhas vão, a longo, prazo definindo boa parte do corpo que terão dali a alguns anos.

Já maior em idade, o sujeito terá diante de si todas as possibilidades existentes e que estiverem ao seu alcance, porque, afinal, já responde por seus atos. Poderá manter uma rotina de exercícios, seguida de alimentação adequada ou poderá optar pelo sedentarismo e se encher de substâncias inadequadas para a saúde do corpo - claro que falo das drogas, tanto lícitas quanto ilícitas. Por prazer ou por necessidade, como adulto, o sujeito poderá e deverá responder por todos os atos que fez contra si e contra os que o rodeiam.

Não, não. Imagine que meu pensamento é maniqueísta - no sentido de só poder ser uma coisa ou outra (bom ou ruim, saudável ou drogado) - não, eu não seria assim tão reducionista. É possível pisar as duas margens do rio e ocupar uma terceira, como proporia Guimarães Rosa. Os prazeres lícitos e ou prazeres ilícitos - dependendo do grau de consciência da situação - podem integrar um mesmo corpo a tempo e fora de tempo, sem que haja por isso grandes problemas de consciência - uma vez que o tempo de criança já passou e, por isso, o sujeito poderá optar entre os caminhos possíveis e arcar com as consequências de sua escolha - aliás, a vida é o tempo todo uma questão de escolha.

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