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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Com dignidade




Penso agora nos famosos versos de Gonzaguinha: "eu acredito é na rapaziada que não foge da fera e enfrenta o leão.  Isso porque nesta época do ano, no meu trabalho é normal estar fazendo duas ações: orientando aqueles que durante o ano não agiram de modo suficientemente capaz de evitar a perda do ano; e aqueles que correm risco de perdê-lo, mas ainda têm chances - razão pela qual precisam de apoio, incentivo e muita orientação. Sempre com o objetivo de que concluam com a maior dignidade possível: a de que chegaram ao final com a consciência de que fizeram tudo o que estava a seu alcance.

Nessas situações sempre me vem à mente a imagem de uma atleta maratonista que a metros da linha de chegada, vinha mais do que cansada, mais do que extenuada, mais do que exaurida; o corpo torto e os passos incertos a conduziam ainda dentro da pista que a levava para a reta de chegada. Aqueles sinais todos me diziam - na angústia e na esperança de vê-la chegar ao final da prova - que ela poderia estar mais que tudo, mas que estava menos do que vencida. Não. Ela venceu todos os sinais em contrário e atravessou a linha de chegada. 

Me vêm à mente também os filmes de luta juvenis, daqueles de artes marciais (como Kung Fu, Karatê Kid ou os os filmes do Van Damme ou ainda os do Bruce Willys - Duro de matar). Filmes de cenas improváveis em que o herói apanha tanto, que a última centelha de vida que lhe resta é justamente o incêndio que o leva à vitória. Vêm-me agora até um título de filme do Van Damme: "Render-se nunca; desistir jamais".

A música sempre me toca e me ensina. Renato Russo, em um de seus discos mais próximos da sua morte, teve gravada uma música (Mais uma vez): "nunca deixem que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem; ou que seus planos nunca vão dar certo ou que você nunca vai ser alguém". Os versos de Renato ou de Gonzaguinha, assim como os filmes aqui evocados, podem dar a muitos a força e a motivação necessárias para concluir com dignidade uma prova em que a derrota parece iminente. Não por eles em si próprios, mas por resgatarem centelhas de esperança.

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