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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Gente diferente




Basta olhar para os lados, inclusive o da frente e de trás para perceber o quanto há de gente diferente a nos rodear o dia todo. Neste final de semana passado eu tive a oportunidade de ir à Bienal do Livro e lá pude ver mais do que livros, um monte de gente. Gente nova e velha. Bonita e feia. Arrumada e não. Gente de todo lugar e com as mais diversas finalidades ao visitar aquele evento.

Não bastasse o imenso volume de gente que vi dentro da Bienal, quando eu voltava para casa, ainda no metrô, dois sujeitos me chamaram muito a atenção. Não por eles em si mesmos, mas pelas reações que causaram. O primeiro era um carinha relativamente baixo, sua altura não passava muito do meu ombro. Mas a largura do cara era de impressionar. Uma moça que estava em pé ao meu lado olhou para a velhinha que estava sentada à frente dela. Não deu outra: trocaram um sorriso de cumplicidade ao verem aquela jovem baixinho e atarracado se encostar na parede que divide os vagões. Para se ter uma ideia, o braço do rapaz devia dar uns 3 do meu.

Quis muito saber o que se passou na cabeça daquela moça e da velhinha. O que terá despertado aquele riso cúmplice entre ambas? Por certo, foi algo diferente do que se passou na cabeça das pessoas que observavam outro personagem daquele vagão. Um cara entrou e se apoiou sob aquele arco circular que dá suporte ao ar condicionado do metrô. E começou a girar a coluna para cá, para lá, Depois tirou os pés do chão e fez uma espécie de barra, erguendo-se e girando. Depois alongou-se muito para um lado, depois para outro. E não se preocupava com a possibilidade de estar atrapalhando a passagem ou o espaço de alguém.

Não tenho dúvidas de que alguém naquele vagão do metrô também me tinha sob a mira, analisando e tirando suas conclusões a meu respeito. Talvez até esteja escrevendo sobre mim. É assim, penso que neste mundo nosso, cada pequeno espaço é um pedaço de palco em que representamos nosso modo de ser, o qual, juntamente com todos os demais, compõe o elenco que apresenta essa imensa peça sem fim, de personagens múltiplos e enredo infinito.


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