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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Tudo gente normal



Algumas vezes já fui surpreendido em situações comuns do cotidiano por alguém que ficou perplexo ao me ver. Supermercado, por exemplo. Embora eu faça minhas compras todos os domingos - o que pra mim é a coisa mais normal do mundo - não parece natural para ourtas pessoas. "Professor?!!!!?!!!! O senhor???!??? No mercado?!?!? Às vezes muda o adjunto adverbial: "no metrô!!??

Fico imaginando o que se passa na cabeça de alguém que se vê vitimado por uma perplexidade como essa. Algumas hipóteses: "um professor não tem tempo para ir a mercado; deve estar corrigindo prova ou preparando aula constantemente". Ou, imaginando um professor rico, abastado: "professor tem empregadas que fazem compra para ele". "Professor, de metrô? Imagine, só anda de carro".

Acho que a questão não é nem a condição social, mas a condição profissional. Claro que há professores que preenchem os esteriótipos acima. Eu próprio estive no lugar dos que se viram vitimados pela perplexidade. Nesta semana, depois de encerrarmos um congresso gigante, fomos a uma festa. Praticamente todos os convidados palestrantes. Gente que eu (um palestrantezinho menor) aprendi a admirar - e que sempre admirarei. Gente cujo nome eu fiz frequentar as páginas da minha dissertação e da minha tese.

Pois lá pelas tantas, iniciamos um karaokê. Muita gente cantando muito bem. Embora eu sempre tenha medo de cantar em público, dessa vez disfarcei bem e cantei acompanhando colegas professores. Logo, logo fui chamado a ajudar aqueles figurões a cantar. E não era só problema de afinação, mas também (e principalmente) de ritmo, de tempo etc. Quer dizer, gente normal, que pode muito bem desconhecer músicas ou não saber cantá-las, mesmo as conhecendo. Acho que a gente se habitua a ver as pessoas de uma certa forma e demora a vê-las em outro papel, que podem ou não desempenhar com a maestria de um professor.

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