Algumas teorias são bem interessantes para explicar alguns fatos cotidianos, às vezes bem presentes e concretos, outras bem distantes e abstratos. Quase redundante o que eu escrevi, uma vez que toda teoria se presta a explicar algo, independentemente de sua natureza. Algumas explicam coisas que têm consequências mínimas na vida cotidiana; já outras esclarecem coisas que deixam estragos inesquecíveis.
Mas tem sempre um imponderável que chega de surpresa e faz as os acontecimentos se desenrolarem de tal jeito, que, quando vemos, tudo já está revirado. É como se estivéssemos dirigindo confortavelmente por uma estrada longa, reta e de mão dupla e, subitamente, nos vemos surpreendidos por uma manobra alheia que nos obriga a perder a aderência ao chão e rodar na pista e, sem mais nem menos, nos ver na contra-mão com o carro parado e de frente para outros que vêm de encontro frontal a nós.
Pelo chamado Efeito Borboleta, uma pequena ação realizada, por exemplo, aqui na América do Sul pode ter seus reflexos do outro lado do mundo, provocando uma tragédia descomunal - como se o bater das asas de uma borboleta aqui resultasse em imensa tempestade em outro lugar. Outra interessante é a de que é possível estabelecer relações entre as pessoas, quaisquer que sejam elas e em qualquer lugar do planeta, com uma "distância" de apenas seis graus, seis laços. O que significa que apenas seis graus ou laços me separam de qualquer indivíduo na face da Terra.
Poderia citar outras, como a Teoria do Caos, que revela haver uma ordenação nos acontecimentos que aos nossos olhos parecem completamente desprovidos de explicação. Mas não é necessário. Seja por qual for a teoria, tudo gera consequências. Sempre. Não sei se por graus, laços ou por borboletas - ou seja lá o aparato teórico, mas sei que está um caos a vida dos vizinhos que moram embaixo daquele que tem um vazamento na tubulações hidráulicas - afinal, água não brota na parede dos apartamentos de quatro andares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário