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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Nota de 3 reais



Em minhas aulas da disciplina de Pedagogia, tanto na graduação em Letras quando na pós-graduação em história da língua, sempre aprendi o legado de Waloon, Vigostky, Dewey, Piaget e outros. Em relação a este último, lembro bem das fases de aprendizagem a que ele se refere. Uma das fases mais complexas é a da abstração, que será atingida ali por volta dos 11 anos. Às vezes, com muito mais idade do que isso, falta abstração a muita gente.

São conhecidas as histórias de funcionários mais velhos que enganam os novos recém-contratados, submetendo-os a situações tão absurdas, quanto inacreditáveis. No entanto, por serem novos, não entenderem a dinâmica, respeitarem os mais velhos e acreditarem que determinada proposta seja algo sério no contexto da nova empresa, eles acabam querendo acatar.

E são tão caricaturais as coisas mandadas pelos mais velhos, que chega a ser engraçado. Quem de nós não presenciou alguém mandando outra pessoa enxugar gelo. Ou ainda uma pessoa mandando outra chupar gelo seco? Quem de nós não presenciou uma pessoa mandando um office-boy comprar tinta xadrez? Ou tirar xerox frente e verso de sulfite completamente branco? Trocar 15 reais em notas de 3. E tantos outros.

Já aconteceu de eu estar dando devolutiva de prova em aula, e ter comentado os resultados positivos, bem como os negativos. Em função deste último quis elaborar uma estratégia para superar os erros para a próxima avaliação que seria dali a 20 dias. Mas visando a uma figura de linguagem, disse que "agora vocês têm a próxima prova, em que...". Nem bem terminei de falar e um garoto já me interrompeu desesperado porque não havia se preparado para a prova naquele exato momento. (...) (...). Evoquei Piaget.

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