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sexta-feira, 9 de maio de 2014

E daí?



Me impressiona às vezes, ou melhor: sempre, o fato de algumas pessoas estarem tão centradas em si mesmas e em seus próprios interesses que se esquecem da possibilidade de estarem atrapalhando outras que nada têm a ver com seu ensimesmamento. Elas parecem entrar em um estado de êxtase, em uma crise de ausência que as tira completamente do mundo ao seu redor.

No mercado esta é uma experiência comum. Todas as tardes de domingo contam comigo entre os corredores e gôndolas dos mercados. Não é incomum eu ter de parar muitas vezes o meu trajeto - sempre apressado - para esperar a boa-vontade de alguém que está parado à minha frente atravancando todo o caminho para fazer algo que sequer precisava de se parar o carrinho naquele ponto. Um ponto de passagem.

Hoje no banco não foi diferente. Como, pelo tempo sempre encurtado, eu fui àquela instituição tendo saído direto do Colégio, ainda tinha minha mochila às costas. Para entrar no banco e passar por aquelas benditas portas giratórias, a gente tem de deixar os objetos de metal em um recipiente próprio, e as malas ou mochilas em um armário que fica antes da dita porta. Pois lá fui eu guardar minha mochila. Mas tive de esperar um tempo, porque uma senhora tirava seus pertences bem lentamente. Como se não bastasse, ainda arrancou da bolsa um batom e começou a se maquiar ali mesmo. Um ponto de passagem para guardar.

Não são somente adultos. No corredor da escola, muitas e muitas vezes, apesar de seus corredores largos, crianças se amontoam e ficam batendo figurinhas de álbum da Copa. Sentam-se de modo a tomar todo o espaço do corredor. Ninguém passa sem pedir-lhes licença. E não é que deem licença; apenas deixam que se passe por sobre suas pernas. Lugares de passagem. E daí?

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