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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Planejar aos 14?




Quando eu tinha 14 anos, embora eu já trabalhasse durante o dia e estudasse durante a noite, não era assim uma pessoa que planejasse direitinho minhas ações presentes, meus desejos a médio prazo e nem meu futuro mais distante. Naturalmente, àquela época já me faltava tempo para pensar direito. Mas isso não foi ruim, porque fui aprendendo a fazer as coisas com uma certa urgência e com um baixo grau de insucesso. Eu não tinha orientação, mal ficava em casa para que minha mãe me orientasse; e, por outro lado, já não via meu pai havia 10 anos.

Hoje, 31 anos depois, entendi a importância de planejar qualquer que seja a ação: desde uma conversa simples até uma compra grande. Então hoje é minha obrigação ter um mínimo de planejamento para minhas ações, sejam elas quais forem, sobretudo, porque, já tendo corrido um pouco desta estrada chamada Vida, tenho condições de saber onde algumas coisas vão dar. Evidentemente não significa que isso ocorra sempre, porque muitas vezes, o menino de 14 quer vir à tona e vem.

Mas eu tenho alunos de 13, de 14 anos. E como gosto de trabalhar com eles. A cada ano, uma novidade. Novos problemas, novas conquistas. Todo início de semana, toda santa segunda-feira (Garfield me odiaria) eu lhes aviso que dia é, quanto já passou do mês, do ano, e quanto falta para esta ou aquela avaliação. E o faço para verem a brevidade, a fugacidade, a rapidez com que o tempo passa por cada um de nós. Engana-se quem pensa que isso é suficiente.

Faltando praticamente duas semanas para encerramos o primeiro semestre letivo e, portanto, fazemos os trabalhos e as provas mais decisivas, retomei com eles o assunto. Parece que hoje, no meio do ano, eles estão começando a entender que, sem planejamento, vão ficando à mercê dos acontecimentos da vida. Só que a vida passa. E tudo que se tem é passado. O presente nunca é. O futuro também não. Vamos vivendo o resultado de nossas ações passadas. No lugar deles, há 31 anos, eu teria ouvido isso?

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