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domingo, 25 de maio de 2014

Se é do gosto...



Tive de resolver uma série de coisas hoje. Coisas urgentes que precisavam ser feitas neste dia - a única alternativa que me restou, dadas as ocupações que me tomam o dia todo de todos os dias. Um domingo chuvoso e frio, como chuvosos e frios eram normalmente os dias desta cidade a que cheguei há 38 anos. Naquela época, muito mais que hoje, justificava-se para São Paulo o título de Terra da Garoa.

Pois o frio de hoje era intensificado pela a água que São Pedro mandava. Não era muita, mas o suficiente para precisar se proteger. No trecho das coisas que resolvi a pé pude perceber que, como é comum em todo domingo, havia ciclistas na ciclovia. Até aí nenhuma anormalidade, exceto a do fato de pedalarem tranquilamente sob chuva. E sob frio. E de calção e camiseta. Pensei comigo: Se é do gosto, regalo da vida.

Em outro trecho, no qual eu precisava me valer do metrô - que aliás andou turbulento nesses últimos dias - outra cena que me marcou neste dia. Ao descer a escadaria, passei por uma pessoa que fazia questão de ser notada. Seja pela roupa utilizada, seja pela dificuldade de se definida em seu gênero, seja - ainda mais - pelo perfume que utilizava: forte, mas forte, fortíssimo mesmo. A metros dela já se podia sentir. Quando estava bem ao seu lado, o nariz reclamava. Pensei comigo: se é do gosto dela, que seja feliz assim.

Naturalmente, quando já havia me distanciado dos empolgados ciclistas e da pessoa exalante, fechado no interior dos vagões e sob a terra, fiquei pensando em gente ultraocupada. O que eles diriam de um sujeito que trabalha de segunda a segunda, algo entre 18 e 20 horas por dia? Estranhariam, com certeza - afinal, quem trabalha tudo isso não pedala nem anda exalando fortes fragrâncias aos domingos de manhã. Será que perguntariam se viver assim é produto do gosto?

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