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sábado, 11 de janeiro de 2014

Valoração



Viver em São Paulo é uma das experiências mais ricas que uma pessoa pode ter, desde que ela tenha tempo para desfrutar de tudo que esta cidade multitudo tem para oferecer. A pena é que viver aqui, para a maioria dos habitantes - paulistas, paulistanos e outros tantos igualmente importantes - é um desafio, em razão da altíssima competitividade, especialmente no mundo do trabalho. Trabalhar em São Paulo requer muito tempo, seja de trabalho mesmo, seja de locomoção para ele e de volta dele. Necessariamente, aí se coloca um jogo de valores.

Por essa razão, muito dessa cidade se perde ou sequer se mostra para aquele que não conseguiu tempo para abrir seus olhos para ela. Se ficarmos em um só aspecto, o da alimentação, o mesmo acontece. São Paulo parece abarcar o mundo quando em seus bairros reserva uma variedade sem tamanho de restaurantes das mais diversas origens. Pode-se tomar um chá numa casa árabe, almoçar num restaurante mineiro, jantar numa casa mexicana e terminar a noite num pub inglês.

Se, por um lado, a escassez de tempo (muitas vezes, também, o preço) pode menosprezar o valor e esconder tudo isso dos olhos do cidadão comum, o tempo que sobeja e o dinheiro que se esbanja também podem tornar tudo isso tão comum como se fosse o café e o pão na chapa do bar da esquina. Dessa forma, seja por uma causa, por outra ou por outras tantas possíveis, as coisas perdem um pouco do valor que têm - ou vão deixando de ter.

Não está na própria coisa o valor que ela tem. Aquilo que ela vale (e não em refiro somente a dinheiro) depende de uma série de fatores, que a envolvem - naturalmente - e tocam também aquele que lhe confere valor, o lugar onde se encontra, a raridade de sua presença, a sua capacidade de renovação no sentido de se colocar como algo que mereça o valor esperado. Isso é algo para se trabalhar... ainda que trabalho faça correr o risco de ganhar ou de perder valor - que está na interação e não em algo isolado.

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