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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Formação e má formação



Hoje enquanto ia a um restaurante com minhas filhas para jantarmos, ouvi uma notícia que me deixou perplexo: foram reprovados 60% dos médicos recém-formados que fizeram a prova para conseguirem seu CREMESP (o documento que deveria autorizá-los a exercer a profissão). É de abalar a saúde uma notícia dessa. Um curso tão longo, seguido de um ano de residência, gera a impressão de ser sempre ótimo e de que, por conseguinte, a formação de seus alunos corresponda ao que o órgão máximo da área exige.

A perplexidade não me veio da notícia. Não, porque já estou acostumado a ler informações similares a esta, só que em outra área: a do Direito. Ali, sim, o grau de reprovação é assustador - um verdadeiro caso de fato e de direito a ser julgado e condenado. Ao prestarem o exame da OAB, algo em torno de 94% dos candidatos acabam reprovados. Estes não podem exercer a advocacia sem que estejam devidamente habilitados ao ingresso - o que se verifica com a aprovação no referido exame.

A perplexidade me veio, sim, do complemento da notícia. O CREMESP não faz a menor restrição a que esses candidatos reprovados exerçam a medicina. A meu ver, este não é o objetivo maior do órgão ao aplicar a avaliação. Espero que se criem condições de que este quadro seja revertido, a fim de que se possam encontrar médicos competentes na teoria e na prática, de fato e de direito.

Não faz muito tempo, em exame promovido pelo estado de São Paulo, um número enorme de professores também não conseguiu aprovação. No entanto, poucos meses depois, foram contratados para ministrar aulas às crianças. Igualzinho ao que aconteceu com os 60% de médicos reprovados. Não é necessário ir muito longe para se pensar também na formação universitária oferecida em outras áreas profissionais com as quais lidamos diariamente (engenharia, arquitetura, contabilidade...)

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