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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

De flores e pragas (crônicas do Chile 9)

A vida nos ensina que as coisas, (assim como as pessoas) não têm seu significado nelas mesmas. Uma cadeira, com seu assento seu encosto e suas pernas, pode servir para alguém se sentar. Porém em uma briga de bar ela pode servir como arma para abreviar A vida de um desafeto.

Uma das vinícolas que conheci no Chile foi a de Undurraga. Tida como a segunda melhor daquele país, ela agrada aos cinco sentidos de todo visitante. Naturalmente impressiona pelo seu tamanho e pelas plantações que parecem não ter fim. Guias bem treinados contam a história e revelam o processo de produção e armazenamento do vinho. Assim visitamos os porões e as adegas. Vimos as parreiras por cima (diferenciamos  tipos de folha e de uva) e por baixo ( nunca a palavra subsolo foi tão literal).

Logo no início da visitação somos conduzidos a um belíssimo jardim e rapidamente ficamos encantados com a beleza de tantas rosas que dão à vinícola um ar de elegância e bom gosto. Pensamos assim porque ainda estávamos longe das parreiras. Quando chegamos a elas é que ficamos sabendo a primeira função daquelas rosas tão lindas e frágeis.

Justamente por sua beleza e fragilidade somadas ao perfume que exalam é que elas são colocadas a certa distância das parreiras. Por conta dessas características, as rosas assumem uma função muito diferente da de embelezar o jardim de Undurraga. Naquela posição elas servem para atrair as pragas e serem atacadas primeiro, de modo a salvaguardar as parreiras. Dessa maneira, a vida segue dando ensinamentos que merecem um brinde. E pode ser com vinhos da Undurraga.

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