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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Sensibilidade (crônicas do Chile 3)


O Chile tem me reservado surpresas muito interessantes a cada dia que me lanço a conhecer um pouco mais dele. Hoje, por muitas vezes,  essas surpresas despertaram a sensibilidade,  ora para disfonia ora para euforia. Muito mais eufórico do que disfórico, passo a lembrar algumas situações. 

Nossos passeios hoje foram para algumas vinícolas que muito nos encantaram pela beleza,  pela qualidade,  pela quantidade de terreno plantado. Parreiras e parreiras, tipos e mais tipos de vinho, que vieram logo após uns lugarejos nos quais desfrutamos comidas e bebidas típicas da região. São texturas, cores, sabores... diferentes, que nos dão a sensação de que há muito para dar a conhecer aos órgãos do sentidos.

Ao coração e ao intelecto também.  Visitar as casas em que Pablo Neruda viveu, sentir o clima de seus poemas, ouvir sobre suas histórias,  saber de sua opção política,  sua ação pelos menos favorecidos, tudo isso me ensinou muito,  foi uma  educação tardia impressionante. Também foi muito bom tomar  conhecimento de outras visões,  não tradicionais,  que os habitantes daqui têm sobre personagens como Allende e Pinochet - ambos muito importantes para melhorias sociais do país. Confesso ter sentido algo estranho ao ouvir falar bem de Augusto Pinochet.

Ambos não conseguirão apagar a horrível sensação que tive ao ver um rapaz "em situação 
de rua". Isso por si já seria ruim, mas piorou e se tornou um choque ao reparar que o rapaz era portador  da síndrome de Down. Sou incapaz de identificar o que senti. Tal sentimento só se atenuou quando meus olhos se depararam com as maravilhosas imagens de Valparaíso e, muito mais soberanamente, de Viña del Mar. 

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