Valeu a visita!

Daqui pra frente, divirta-se trocando ideias comigo.
Conheça meu outro blog: http://everblogramatica.blogspot.com.br

domingo, 26 de janeiro de 2014

Cedo



Depois de muito tempo de lançamento do filme, apenas hoje reservei um tempo para assistir Somos tão jovens. Foi apresentado hoje na televisão e tive o prazer de vê-lo acompanhado de minhas filhas. Há alguns dias havíamos conversado sobre ele, especificamente a respeito de uma cena que explica a razão da música "Cedo", do início da carreira musical de Renato Russo com a Legião Urbana.

Depois do filme, comentamos a respeito de nossas impressões e, como não podia deixar de ser, retomamos a discussão sobre a música "Cedo". Foi muito bom poder termos visto mais um filme - entre tantos outros filmes e séries a que costumamos assistir. Melhor ainda é poder utilizá-los como interface de um diálogo despretensioso e bem-humorado. Hoje já é outro dia e eu ainda estou com o "cedo" martelando minha cabeça.

Felizes os que os que sabem o que é cedo. Bem-aventurados os que sabem o que é tarde. Mais ainda os que reconhecem o anoitecer. O tempo da vida nem sempre é igual ao que chamamos tempo normal, normatizado em segundos, minutos, horas, manhãs, tardes e noites. Ressoa agora a música dos Titãs, cujo refrão é: "É cedo ou tarde demais pra dizer adeus, pra dizer jamais". Entre o cedo e o tarde, o que há? E entre o cedo e o tarde demais? O que define o cedo demais e o tarde demais? 

A relatividade do tempo e do espaço cai sobre nós com o peso do universo e com a velocidade da luz desenhando um grande ponto de interrogação. Volta-me o refrão "Ainda é cedo" e, como vegetação que insiste em nascer nas inóspitas rochas, fico desejando um mínimo de sabedoria para reconhecer o tempo de cada coisa, já que mais antigo que toda a Antiguidade é o ensinamento do Eclesiastes, segundo o qual há tempo para tudo debaixo do sol.


Nenhum comentário:

Postar um comentário