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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Mais do mesmo

"Quais são as palavras que nunca são ditas?", cantava Renato Russo, expressando mais uma de suas frases célebres em versos fortes e absolutamente significativos. Esse cara realmente foi um ícone da minha geração e falou tanto aos jovens quanto aos adultos com a mesma verve que sempre marcou sua obra e sua vida. 

Não há mesmo coisa que nunca tenha sido dita. Penso que podem mudar os contextos, os interlocutores e sei lá mais o quê. Mas, como Bakhtin, creio que o que produzimos de linguagem é apenas uma nova roupagem de tudo que já se disse. É uma espécie de continuação, seja por continuidade e concordância, seja por descontinuidade e discordância.

Sempre tem um insensível, um mal-humorado, um mal amado para dizer, por exemplo, que essa visão da linguagem é necessariamente negativa. Daí, quando ouvem um professor dizer que a gente sempre aprende com os alunos, pessoas assim torcem o nariz e nos chamam de demagogos. O fato é que elas talvez tenham sido invadidas pela serpente que vai tornando cada vez mais insensível seu coração, e mais indiferente sua existência.

Não há como não aprender com os alunos (salvo grande prepotência, arrogância e pedantismo). Como não aprender com os rostos felizes pela aprendizagem. Ou, ainda, com as tristezas perante as dificuldades. Como não crescer com seus conflitos? Como não descortinar os nossos próprios olhos diante das descobertas de mundo que nossos alunos desvelam? Aprende-se ensinando. Ensina-se aprendendo. Ah! isso já deve ter sido dito por alguém...

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